Enquanto Rogério Marinho despreza, a esquerda mima Zenaide Maia — com tapete vermelho e tudo

Enquanto Rogério Marinho despreza, a esquerda mima Zenaide Maia — com tapete vermelho e tudo

A política potiguar tem dessas ironias que só o jogo do poder explica. De um lado, o senador Rogério Marinho (PL) trata a Senadora Zenaide Maia (PSD) com frieza, quase desprezo — como se ela fosse carta fora do baralho. De outro, a esquerda de Lula não só estende a mão, como abre os braços, o colo e ainda oferece um tapete vermelho recheado de privilégios políticos.

Zenaide virou peça cobiçada. Mesmo com um mandato discreto e longe de escândalos, a senadora tem votos e trânsito político. E isso, em ano pré-eleitoral, vale ouro. Rogério, que opera com a lógica de “quem não reza na minha cartilha está automaticamente contra mim”, prefere ignorá-la. Para ele, Zenaide representa um passado que não cabe em seu projeto de poder ultraconservador.

Já a esquerda do RN, espertamente, percebeu que bater em Zenaide seria burrice. Em vez disso, faz o que sabe fazer bem: acolhe, oferece estrutura, cargos e, claro, protagonismo. Afinal, em tempos de alianças por conveniência, ninguém vai desperdiçar um nome que tem capilaridade no interior e boa aceitação entre setores progressistas.

Zenaide, por sua vez, não reclama. Está sendo paparicada, tem espaço garantido e ainda observa, de camarote, a disputa por seu apoio. A pergunta que fica é: ela vai seguir com quem a trata bem ou vai flertar com quem a ignora?

No fim das contas, enquanto Rogério fecha portas por vaidade e extremismo, a esquerda vai construindo alianças com pragmatismo. E se continuar assim, em 2026, quem pode rir por último — e com poder — é justamente quem hoje está sendo rejeitada.

Abre o olho Rogério!

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